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Bill, Tom, o vosso novo álbum chama-se “Dream Machine”. Vivem em Los Angeles, a cidade dos sonhos. O álbum tem uma conexão à cidade?
Tom:
Não, não de todo. As pessoas chamam a L.A. a cidade dos sonhos, mas na verdade é a cidade dos sonhos desfeitos. Mas não para nós. Seguimos um sonho bastante diferente. Fomos para L.A. para nos escondermos da fama. E funcionou muito bem.

Como é que as coisas funcionam quando já se viveu todos os vossos sonhos na adolescência?
Bill:
Isso assusta-nos um pouco. Às vezes penso: de facto, já vivi de tudo e agora vou só viver versões mais fracas de momentos ou sentimentos que já vivi no passado. Já vivi e amei tão intensamente – será que alguma vez vou encontrar alguém que vou amar da mesma forma? Há dias em que digo que poderia deixar amanhã este planeta e sentir que tive uma óptima vida. Mas isso difere. Às vezes sinto que tenho 99 anos e às vezes que tenho 12. Apercebo-me o quão jovem sou, o que é que ainda sou capaz de fazer, o que é que já não consigo fazer e depois sinto-me como uma criança que ainda quer vivenciar tudo.

Vocês tiveram sequer tempo para aproveitar cada momento quando foram de uma gala de prémios internacional para outra?
Tom:
Não, e esse é exactamente um dos nossos grandes problemas com aquilo que já vivenciámos. Acho que este sentimento acontece mais comigo do que com o Bill. É frequente que sina que perdi estes grandes momemntos, também na nossa carreira. Não consigo estar bem, de todo, no momento. Quando estou numa festa, a minha cabeça já está em casa, na cama. Quando vou dormir, já estou a pensar no dia seguinte. Os meus pensamentos estão sempre no futuro. Pelo menos [os meus pensamentos] estão nas próximas horas, e é se não estiveram nas próximas semanas.
Bill: Num determinado ponto, isto era tudo como a lama. Era demasiado e demasiadas coisas de uma só vez, que não conseguíamos absorver nada disso. Se isto tivesse sido espalhado ao longo de toda a nossa vida – então teria sido suficiente – teria sido a quantidade certa para o tempo certo.

Com este álbum, vocês disseram definitivamente adeus ao vosso som rock dos vossos anos de adolescente? É uma forma de dizerem adeus?
Tom:
Nunca tivemos como objectivo fazer a mesma coisa que fazíamos há 6 anos atrás. Existem artistas que foram bem sucedidos ao fazer algo e que depois continuaram a fazê.lo porque pensam que é algo seguro e que assim conseguem servir o seu público alvo. Mas, para mim, um álbum é um excerto da minha vida actual – pelo menos é o meu desejo para os Tokio Hotel. Mesmo no passado. Fomos bem sucedidos com a música que queríamos fazer naquele tempo. Desta forma, marcámos o nosso próprio mundo, o qual apenas se adequou a nós durante alguns anos.

Existem alguns assessores que vos disseram que vocês iriam agora cometer um suícidio na vossa carreira?
Bill:
Engraçado estares a dizer isso. Emoldurei alguns e-mails que diziam coisas do género e coloquei-os na minha secretária. Nesses e-mails, as pessoas alertavam-nos para um “suícidio na carreira” e que não podíamos fazer isto e aquilo. Sempre houve pessoas assim. Mesmo naquele tempo, nós tomávamos decisões por nós próprios. E sempre que alguém me dizia isso, era quando eu ainda queria mais fazer o que pretendia.
Tom: As pessoas comparam automaticamente tudo o que fazemos com aquilo que fazíamos naquela altura. Temos que saber separar as águas. E depois há quem diga: “Então mas o que é que a ‘Something New’ tem a ver com a ‘Durch Den Monsun’”? Bem, não tem nada a ver! Claro que não. Foi há 12 anos atrás.

Vocês parecem estar muito relaxados no que diz respeito ao vosso sucesso.
Tom:
Sentir-nos-íamos extremamente mal caso tivéssemos que mudar a nossa atitude para termos sucesso. Então, aí é que me sentia como prostituto.
Bill: A coisa mais importante para mim sempre foi ser livre. O que fiz naquele tempo, como o meu cabelo e a maquilhagem, foi o que sempre fui. Cantei as músicas que quis cantar, vesti o casaco de cabedal que gostava. Mesmo quando as pessoas eram contra isso. Caso não o fizesse, não me sentiria vivo.

As vossas novas músicas falam sobre desilusões amorosas. Ultimamente, ambos sofreram por amor.
Bill:
Para mim é tudo sobre amor. Nós, como seres humanos que somos, não fomos feitos para estarmos sozinhos. E acho que é por isso que nós os quatros estamos assim hoje em dia. Tudo o que nos rodeia é sobre o amor, diariamente. O amor existe em todos os tamanhos e feitios. Para mim, isso vai ser sempre a maior inspiração e a maior dor. O facto de ser tão receptivo a isso torna-me vulnerável. Mas isso faz parte da vida.

Tom, recentemente abriste um processo de divórcio. Sentes-te mental e financialmente arruinado?
Tom:
Não, estou bem.

Vocês têm espaço sequer para relacionamentos na vossa vida?
Bill:
Quando um de nós está numa relação, é sempre como se nós os dois estivessemos numa relação. Porque nós só aparecemos como um par.
Tom: Eu e o Bill temos uma parceria muito intensa, pelo que não há muito espaço para um relacionamento comum.

Notam alguma diferença desde que o Trump foi para o poder?
Bill:
Não estamos em L.A. desde Dezembro. Mas, quando o Trump foi eleito, fomos para a rua com os nossos amigos manifestar. Havia centenas de milhares de pessoas e estávamos com a esperança de que a eleição foi cancelada. Assinei muitas petições. Mas também me sinto pessoalmente atacado pela AfD. Sinto que tudo aquilo que defendo, aquilo que canto está em jogo. Porque a liberdade é muito importante para mim e para todas as pessoas. Quero que todos possam viver a sua sexualidade, a sua aparência e tudo aquilo que os representa. E Trump é um tiro no pé.

Tradução: CFTH
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By Tania

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