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Músico, actor, ídolo adolescente, modelo, designer – As surpreendentes reviravoltas e de tirar o fôlego da carreira do líder dos Tokio Hotel, Bill Kaulitz, estão a ser dissecadas pelos media e pelos fãs desde o seu décimo sexto aniversário. Na sessão fotográfica em Berlim conhecemos um humano que não quer muito encaixar-se em clichés, que quer passar metade da sua vida na enxurrada de flashes da câmara e em gritos ensurdecedores, mas que ainda assim consegue permanecer autêntico e aterrado. Uma conversa sobre moda, coragem e a magia da primeira vez.

“Nunca tive um estilista ou alguém que me dissesse o que vestir”

O teu novo álbum “Dream Machine” saiu em Março, a primeira música chama-se “Something New”. A música fala sobre alguém que já viu basicamente tudo e que se questiona, quase que melancólicamente, o que é que vem a seguir. É este o momento em que estás agora?
Bill:
Sim, a música é o resultado da sensação de que vivi a minha vida aos 27 anos, que devia mudar as perspectivas de modo a ver as coisas de forma diferente e ter uma nova experiência. Se começares a tua carreira no topo das tabelas, as coisas não vão melhorar. Não podes voltar atrás, até ao sentimento da primeira vez, nem no teu trabalho nem a nível interpessoal. Já nos aconteceu imensa coisa que às vezes penso “podia-me reformar agora”. Até agora, foi tudo fantástico.

No passado, lançaste um álbum a solo, bem como uma excursão (?) enquanto fashion designer. É esta a direcção em que as coisas podem ir?
Bill:
Absolutamente. O EP a solo foi maioritariamente divertido para mim. Trabalhei nele com amigos e não queria ter uma editora discográfica envolvida. Todo o tema da moda, como é óbvio, é a minha segunda paixão, em que felizmente posso trabalhar. Desenho os meus fatos de palco e a nossa merchandise. Seria um sonho desenhar a minha própria colecção. Mas, caso o faça, quero fazê-lo correctamente e focar-me por completo nela.

“Às vezes olho para trás e penso que aquilo que ousei fazer era muito irreal”

Como é que foi no início da tua carreira? Escola, cidade pequena, existe uma grande pressão para se adaptar. Muitas das pessoas que te rodeavam, provavelmente, olhavam para ti como se fosses um estranho com o teu cabelo e as tuas roupas.
Bill:
Às vezes olho para trás e penso que aquilo que ousei fazer era muito irreal. Na escola isto era sinal de um imenso stress. Foi um pesadelo. Mas, as crianças e os adolescentes têm um outro tipo de coragem. Na altura, quando subi ao palco, nunca pensei sobre isso. Achei fantástico ter essa oportunidade, estava a morrer para o fazer e não pensei sobre quem me pudesse vaiar ou escrever algo negativo. Enquanto adultos transportamos uma mochila cheia de emoções e de medos. Acho que o truque é manter-nos fiéis a nós mesmos, continuar com coragem e alcançar as coisas como se fosse a primeira vez que a estivéssemos a fazer. É difícil. É mais como um instinto que vem de dentro, que não se consegue planear ou ensinar.

Naquela altura já estavas interessado em moda ou havia outra coisa? Eras muito novo quando a tua carreira começou.
Bill:
Não, acho que ainda não era moda com o cabelo preto e a maquilhagem. Adorava o Halloween, vestia-me sempre à vampiro e gostava de maquilhagem e de verniz preto nas unhas. Gostava de música pop e até ouvia os CDs dos anos 80 da Nena. Juntei isso tudo algures. Não tinha dinheiro para comprar coisas caras e então era eu que cosia, cortavas as roupas e pegava coisas emprestadas da minha mãe. O principal é que não parecia haver alguém que pudesse ter isso. Para dizer a verdade, nem sequer era algo fashion. Não conheço ninguém que pudesse dizer “oh, isso agora está na moda!”.

Chegou a um ponto que o dinheiro já não era um problema.
Bill:
Lembro-me quando comecei a ganhar o meu dinheiro quando era adolescente e entrei numa loja Gucci pela primeira vez e comprei uma mala. Nem sequer conhecia muito bem todas essas marcas na altura. [Lembro-me] Como as pessoas olhavam [para mim] e pensavam “aqui vem uma criança que não tem dinheiro para comprar nada” e depois comprei tudo aquilo que quis. Acho que sempre gastei a maior parte do meu dinheiro em roupas. É o pior investimento que se pode fazer, mas eu sempre gostei muito.

Quando é que começaste a ficar interessado em designers?
Bill:
Diria aos 16 ou 17 anos. Mas, mesmo isto sempre foi um instinto. Nunca comprei uma revista e pensei “isto é um look muito fixe, tenho de o usar!”. Mais tarde, houve designers e fotógrafos que me perguntaram se queria fazer algo com eles, mas eu estava completamente às claras.

O Karl Lagerfeld por exemplo…
Bill:
Quando o Karl quis fotografar-me, claro que estava nervoso e não sabia o que vestir. Ele simplesmente me fotografou como eu fui vestido. Demorou cinco minutos. Tudo o que fizemos o resto do dia foi fumar e contar histórias um ao outro. Foi tão divertido. Foi completamente diferente do que estava à espera.

E agora? Que designers é que são importantes para ti?
Bill:
O meu favorito mesmo é o Hedi Slimane. Tudo o que ele faz, eu adoro – as suas fotos, as suas exibições. É o meu herói de todo o sempre. Antes, havia uma época em que só vestia calças da Dior Homme. Era o único tipo de calças que me serviam porque eu era mesmo muito magro. À parte disso, não tenho aquele designer ou aquela marca que gosto. Pode-se encontrar de tudo no meu guarda-roupa.

Há algum outfit que hoje penses “oh meu deus, a sério que vesti isso?”?
Bill:
Claro que olho para trás e vejo fotos com looks que são um horror absoluto. Mas todos têm. No meu caso está visível ao público, já outros mantêm isso no seu álbum de fotografias. Mesmo assim sempre fui autêntico. Nunca tive um estilista ou alguém que me dissesse o que vestir. Sempre fui eu mesmo, na medida em que eu olho para as fotos antigas de uma forma muito relaxada.

Como é que te vês daqui a 10 anos?
Bill:
Como alguém que reclama muito e que pensa no que é que poderia ser melhor, mas recentemente estava em L.A. com o meu irmão Tom e falámos sobre que, tudo o que aconteceu, foi sempre como nós queríamos que acontecesse. Quero mesmo muito fazer trabalhos como modelo. Isso é algo que tenho a certeza. Acredito que posso mesmo estar dentro disso. A música, de qualquer das formas, vou sempre fazer. Isso nem sequer se pergunta. Não consigo imaginar-me a não estar em palco. Não sou bom sozinho, preciso sempre de pessoas à minha volta. Acção. E um plano. Levar os dias como eles são não é a minha cena de todo. Sou estruturado e pontual. Nunca perdi um voo na minha vida.

Tradução (do inglês): CFTH

By Tania

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